segunda-feira, 8 de junho de 2009

Pão de Açúcar compra Ponto Frio por R$ 824,5 milhões


SÃO PAULO - O grupo Pão de Açúcar anunciou nesta segunda-feira a compra da rede de varejo de eletrônicos e eletrodomésticos Ponto Frio. O valor da aquisição da participação dos controladores do Ponto Frio é de R$ 824,5 milhões, "equivalente a 70,24% do capital total, parte desse valor pago com ações do grupo Pão de Açúcar", informou a rede de varejo.

Segundo o Grupo, o objetivo da aquisição é crescer no segmento de eletroeletrônicos. Com a compra, o Grupo Pão de Açúcar torna-se líder no varejo brasileiro, com cerca de R$ 26 bilhões de faturamento. A aquisição já era esperada para este fim de semana.No comunicado à imprensa, o Pão de Açúcar destaca como principais ganhos resultantes da operação "a grande capilaridade de lojas com localização privilegiada, expertise no comércio eletrônico e na oferta de serviços financeiros ao consumidor, integração logística, entre outros".
Em documento distribuído nesta segunda-feira o grupo destaca que, com a compra, passa a ter presença em quatro novos estados: Espírito Santo, Mato Grosso, Santa Catarina e Rio Grande do Sul."Com uma sólida estrutura de capital que assegura o crescimento futuro do negócio, o Grupo Pão de Açúcar consolida sua atuação no comércio de eletroeletrônicos, unindo as atividades operacionais e comerciais das duas grandes empresas. Essa consolidação trará sinergias e ganhos de escala que beneficiarão nossos clientes", diz na nota o presidente do Conselho de Administração do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz.
No mês de março, o Ponto Frio, que é controlado por Lily Safra, viúva do banqueiro Edmond Safra, teve confirmado o processo de venda. Além do Grupo Pão de Açúcar, Magazine Luiza, Lojas Americanas e um consórcio formado pela rede nordestina Insinuante e pela BTG demonstraram interesse no Ponto Frio.

Transação

Com a compra do controle, o Pão de Açúcar fará oferta pública para aquisição das ações de titularidade dos acionistas minoritários, pagando 80% do preço pago aos controladores, ou R$ 7,58504 por papel. O pagamento aos minoritários terá o mesmo formado do pagamento aos controladores, ou seja, parte à vista e parte a prazo.Os minoritários também poderão utilizar seus créditos decorrentes da parcela a prazo para subscrever ações do Pão de Açúcar. Caso optem por tal opção, o valor do crédito será acrescido em 10%.Para viabilizar a utilização dos créditos na subscrição de ações, será realizado um aumento do capital social de Pão de Açúcar, no valor de até R$ 664,36 milhões mediante a emissão de até 16.609.046 ações preferenciais Classe B (PNB), a R$ 40,00 cada.Essas ações PNB irão assegurar dividendo fixo no valor de R$ 0,01 por ação e preferência de reembolso no caso de liquidação do grupo, mas não terão direito a voto.As ações preferenciais existentes do Pão de Açúcar (PCAR4) serão convertidas em ações referenciais classe A (PNA), sem qualquer alteração de seus direitos. Posteriormente, as ações PNB serão convertidas em ações PNA na proporção de 1 para 1.Parte da conversão será feita 5 dias após a homologação do aumento de capital. Nesse caso, o Pão de Açúcar pagará a cada acionista original da Globex, a título de diferença, o valor de R$ 3,6927 por ação PNB corrigido pela variação do CDI da presente data até a data do seu efetivo pagamento.Nas outras três datas de conversão - 6, 12 e 18 meses após a conclusão da operação - o Pão de Açúcar pagará aos acionistas que optarem por subscrever as ações PNB, o valor equivalente à diferença positiva entre o valor de R$ 40,00 por ação, devidamente ajustado de acordo com a variação do CDI, e o valor de mercado das ações PNA à época, calculado de acordo com a média ponderada do preço nos 15 pregões imediatamente anteriores a cada data de conversão.
Source: UOL e Valor online

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