sexta-feira, 17 de setembro de 2010
O jeito Coca-Cola de ser
A Coca-Cola continua sendo a marca mais valiosa do mundo, avaliada em US$ 70,4 bilhões, de acordo com ranking elaborado pela consultoria Interbrand com as 100 melhores marcas globais. Em segundo lugar, aparece a empresa de informática IBM, com valor de US$ 64,7 bilhões.
As empresas de tecnologia foram o grande destaque da lista 2010, divulgada nesta quinta-feira. Entre as dez primeiras colocadas, seis pertencem ao setor (incluindo a IBM): Microsoft, em terceiro lugar, com marca avaliada em US$ 60,8 bilhões, Google (4º), Intel (7º), Nokia (8º) e HP (10º).
Além disso, a Apple foi a marca que mais ganhou valor em um ano: crescimento de 37%, para US$ 21,1 bilhões. Em seguida, aparecem Google, com alta de 36%, e BlackBerry, com elevação de 32%.
Entre os destaques negativos, a Toyota caiu da 8ª para 11ª posição após a onda de recalls que afetou a empresa nos últimos meses, que atingiu cerca de 8 milhões de carros. O número alto de reparos ou substituições levou o presidente da companhia, Akio Toyoda, a pedir desculpas públicas no mês de março pelos problemas técnicos e pelas falhas no controle de qualidade de seus veículos na China.
As dez marcas mais valiosas
1. Coca-Cola: US$ 70,4 bilhões
2. IBM: US$ 64,7 bilhões
3. Microsoft: US$ 60,8 bilhões
4. Google: US$ 43,5 bilhões
5. GE: US$ 42,8 bilhões
6. McDonald's: US$ 33,5 bilhões
7. Intel: US$ 32 bilhões
8. Nokia: US$ 29,4 bilhões
9. Disney: US$ 28,7 bilhões
10. HP: US$ 26,8 bilhões
O valor das marcas em 2010
As que mais ganharam
* Apple: +37%
* Google: +36%
* BlackBerry: +32%
* J.P. Morgan: + 29%
* Allianz: +28%
As que mais perderam
* Harley Davidson: -24%
* Toyota: -16%
* Nokia: -15%
* Dell: -14%
* Citi: -13%
Fonte: Interbrand - Best Global Brands 2010
(Folha Online)
sábado, 31 de outubro de 2009
Descubra a ilha da Irlanda!
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
Desculpas
sexta-feira, 10 de julho de 2009
Balança comercial goiana registra saldo recorde
O saldo da balança comercial goiana teve crescimento recorde de 63,2% neste primeiro semestre de 2009. O valor atingido foi de US$ 626,24, frente a US$ 383,5 milhões no mesmo período de 2008. Já as exportações somaram US$ 1,77 bilhão e as importações atingiram US$ 1,15 bilhão, o que em comparação com o primeiro semestre do ano passado provocou uma queda de 1,9% nas exportações e redução de 19,4% nas importações. Para o secretário da Indústria e Comércio, Luiz Medeiros (foto), os índices são satisfatórios, pois mostram uma recuperação do volume de exportação de 2008. Ele afirma que as exportações e o saldo da balança de 2009 devem ser superior ao do ano passado. “Devemos continuar crescendo”, disse.
O resultado da balança comercial do primeiro semestre de 2009 foi comemorado pelo governador Alcides Rodrigues e por Medeiros, em café-da-manhã com empresários no Palácio das Esmeraldas. Na ocasião, o governador anunciou a missão comercial à China e Rússia entre os dias 5 e 18 de setembro. Segundo Alcides, a missão tem o objetivo de abrir novos nichos de negócios e fortalecer a economia goiana. Atualmente, 39% das exportações goianas são destinadas a China – e ainda é possível ampliar esse número.
Obama pressiona ricos e emergentes por pacto climático amplo
O presidente dos EUA, Barack Obama, mantém diversas reuniões nesta quinta-feira, 9, para pressionar países ricos e emergentes para adotar metas mais claras de redução de emissões de poluentes durante a cúpula do G-8 em L'Áquila, na Itália. Obama se encontrou nesta manhã com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pediu que Brasil e EUA adotem uma posição comum sobre o clima.
Na quarta-feira, o G-8 e os emergentes do G-5 (Brasil, China, Índia, México e África do Sul), concordaram em limitar o aquecimento global até 2050 a até 2 graus Celsius. Os EUA e os países europeus concordam em reduzir a emissão de gases responsáveis pelo aquecimento global em até 80% até 2050 e que o resto do mundo deve cortar seus poluentes em 50%, mas os emergentes não querem se comprometer com metas para não comprometer seu crescimento.
Segundo o porta-voz da Casa Branca Robert Gibbs, Lula não deu espaço para discutir a redução de emissão de gases do efeito estufa, mas Obama está otimista. "Ainda há espaço para reduzir a discordância antes da cúpula de Copenhague", disse Gibbs. A reunião na Dinamarca deve produzir um novo acordo para redução de poluentes em substituição ao protocolo de Kyoto.
O assessor da Presidência para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, disse que Brasil e os EUA irão tentar chegar a uma posição comum na Conferência das Nações Unidas para a Mudança Climática. Segundo ele, foi Obama quem apresentou a proposta a Lula.
O diretor do Departamento de Meio Ambiente do Itamaraty, Luiz Alberto Figueiredo Machado, disse que Obama quer que Brasil e EUA liderem as negociações em Copenhague, a partir de uma posição consolidada. Porém, segundo Marco Aurélio, o presidente norte-americano deixou claro a Lula a margem limitada dos EUA para assumir compromissos mais ambiciosos no acordo que fixará metas de redução de emissão de gases poluentes para o período de 2013 a 2020.
De acordo com a Casa Branca, Obama também deve liderar as discussões no Fórum das Maiores Economias, grupo que inclui além do G-8 e o G-5, Austrália, Indonésia, e Coreia do Sul. Juntos, estes países respondem por 80% da poluição mundial.
"Será uma oportunidade para o presidente e outros líderes discutirem o que podem fazer coletivamente e também para alavancar as negociações politicamente", disse o assessor de Segurança Nacional dos EUA, Mike Froman.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse nesta manhã que o G-8 precisa financiar os países mais pobres na mudança da matriz energética, mas que todos os países devem cortar suas emissões de poluentes.
Fonte: Agência Estado
quarta-feira, 1 de julho de 2009
Agências das Nações Unidas debatem igualdade racial
Brasília, 24 de junho – De 25 a 28 de junho, Brasília será a sede da II Conferência Nacional de Igualdade Racial (II Conapir), no Centro de Convenções Ulysses Guimarães. Um dos destaques do encontro, que reunirá cerca de 1.500 pessoas de todo o País, será o evento Diálogos com a ONU – Igualdade Racial, espaço destinado à interação entre o Sistema das Nações Unidas no Brasil e lideranças afrodescendentes, indígenas e de mulheres.
O diálogo entre representantes da sociedade civil e das Nações Unidas terá início às 18h30 do dia 26, no primeiro andar do Centro de Convenções. A abertura do evento será feita pelo ministro da Igualdade Racial, Edson Santos, e pela coordenadora-residente da ONU no Brasil, Kim Bolduc. A representante do UNICEF no País, Marie-Pierre Poirier, abrirá os debates, que contarão com a moderação do representante da UNESCO no Brasil, Vincent Defourny.
Objetivos do Milênio
Criado para garantir a operacionalização das recomendações e implementação dos compromissos firmados nas Conferências Internacionais da ONU sobre Racismo, o Grupo Temático Gênero e Raça articula e integra as diversas iniciativas das Nações Unidas no Brasil para promoção da igualdade étnico-racial e de gênero, tanto internamente como no âmbito das parcerias com sociedade civil e governos.
Integram as metas do Grupo a ampliação do debate e a reflexão conjunta sobre os desafios do Brasil e demais países no enfrentamento e redução das desigualdades raciais, étnicas e de gênero, medidas necessárias para o efetivo cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio.
A Conferência
Entre os debates previstos, estão a abordagem de temas como cotas no ensino superior, terras quilombola, programas de saúde específicos para a população negra, combate ao racismo institucional e respeito às religiões de matrizes africanas. Demandas dos povos indígenas e de etnia cigana também serão tratadas no encontro. O relatório final da II Conapir será apresentado e votado na plenária final, dia 28, entre 14h e 18h.
Mais informações: http://www.conapir2009.com.br/
Contatos para imprensa
Assessoria de Comunicação do UNICEF
Alexandre Magno – Telefones: (61) 3035 1947 ou 8166 1636
Pedro Ivo Alcantara – Telefone: (61) 3035 1983
quarta-feira, 17 de junho de 2009
Jovem goiano é selecionado para participar de evento do G8
Durante o evento, adolescentes de vários países vão discutir propostas e soluções para problemas que afetam e violam os direitos de crianças e adolescentes no mundo. As discussões são em torno das mudanças climáticas, HIV/aids, desenvolvimento da África e a crise financeira mundial – os mesmos temas abordados pelo G8.
Os adolescentes terão um espaço na agenda do G8 com o objetivo de discutir com os representantes os temas selecionados. Segundo a Unicef, os jovens vão preparar recomendações para os líderes do G8.
O Brasil enviará ao J8 quatro jovens, entre 14 e 17 anos. Os adolescentes foram selecionados pelo Unicef, e são do Pará, Rio de Janeiro, Bahia e Goiás. Irão participar do J8 56 adolescentes, 32 dos países participantes do G8 e 24 dos países em desenvolvimento, incluídos Brasil, Índia, China, México, África do Sul e Egito.
Durante a reunião do J8, as crianças e jovens vão apresentar suas histórias, descobertas, observações, projetos e preparar as recomedações para os líderes do G8.
segunda-feira, 15 de junho de 2009
OMS anuncia quase 36 mil casos da nova gripe em 76 países
Segundo agência da ONU, 35.928 pessoas já foram infectadas.
Número de mortos aumentou para 163.
A Organização Mundial da Saúde publicou em seu boletim desta segunda-feira (15) que o número de pessoas infectadas pelo vírus influenza A (H1N1), da gripe suína, subiu para 35.928, em 76 países. O último balanço da agência da ONU, do dia 12, apontava um número de 29.669 doentes.
Segundo o comunicado, o vírus já foi responsável por 163 mortes. O país com maior número de casos continua a ser os EUA, com 17.855.
Monitoramento
Especialistas pediram o monitoramento constante de como o novo vírus de gripe H1N1 se desenvolverá nos próximos meses no hemisfério sul, já que isso poderá ajudar a responder questões que vêm escapando aos cientistas há décadas.
Em artigo publicado na revista Nature, cientistas do Japão e dos Estados Unidos analisaram a literatura médica sobre as três mais recentes pandemias -a gripe espanhola de 1918-1919, a gripe asiática de 1957 e a gripe de Hong Kong de 1968- bem como a combate contra o vírus da gripe aviária H5N1 nos últimos dez anos.
No Brasil:
Número total de casos confirmados chega a 69.
Novos casos são em Santa Catarina (7) e Minas Gerais (4).
O Ministério da Saúde divulgou neste domingo (14) a confirmação de mais 11 registros de infecção pelo vírus Influenza A (H1N1) no Brasil. São sete novos casos em Santa Catarina e outros quatro em Minas Gerais. Todos são de pessoas infectadas no exterior. Ao todo, o Brasil já registra 69 casos da doença. Outros 70 casos suspeitos estão em observação pelas autoridades de saúde.
“Os 11 pacientes foram infectados pelo vírus A (H1N1) no exterior. Todos os pacientes estão em tratamento e passam bem”, afirma nota divulgada pelo Ministério da Saúde.
Do total de casos confirmados, 17 são de transmissão autóctone (ocorrida dentro do território nacional). Nestes casos, as pessoas foram infectadas em contato com paciente que trouxe o vírus de outro país. Por isso o Ministério enfatiza que não há transmissão sustentada no Brasil. Todas as pessoas que estabeleceram contato próximo com pessoas infectadas estão sendo monitoradas pelo sistema de saúde brasileiro.
Com os novos casos anunciados neste domingo, Santa Catarina ficou com a segunda posição isolada em número de casos, com 17 pacientes infectados. São Paulo é o estado com maior número de casos, com 23. Foram registrados ainda dez casos no Rio de Janeiro, nove em Minas Gerais, quatro em Tocantins, dois em Mato Grosso e no Distrito Federal e um no Rio Grande do Sul e na Bahia.
Além dos 69 casos já confirmados, o Ministério da Saúde acompanha 70 casos suspeitos, em que as amostras de secreções dos pacientes estão em análise laboratorial. Os casos suspeitos estão nos estados de São Paulo (23), Minas Gerais (14), Santa Catarina (7), Paraná (6), Pernambuco (6), Distrito Federal (4), Rio de Janeiro (2), Rondônia (2), Rio Grande do Sul (2), Rio Grande do Norte (2), Mato Grosso do Sul (1) e Paraíba (1).
A nova gripe foi classificada na quinta-feira (11) como “pandemia” pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Até o momento, 81 países têm casos confirmados da doença e em 35 há registros de transmissão dentro do país. Segundo a OMS, no entanto, apenas México, EUA, Canadá e Austrália (Estado da Victoria) são considerados países com transmissão sustentada da Influenza A (H1N1).
Reino Unido anunciou sua primeira morte.
Lula e Sarkozy discutem sobre implantação de decisões do G20
Genebra, Suiça- O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seu colega francês, Nicolas Sarkozy, discutiram hoje sobre como concretizar as decisões tomadas pelo G20 para sair da crise.
"Conversei com Sarkozy sobre a necessidade de debate com o G20, para que as decisões sejam tomadas, especialmente sobre financiamento, como os créditos do Banco Mundial (BM) e do Fundo Monetário Internacional (FMI) e também o assunto sobre os paraísos fiscais", assinalou Lula em entrevista coletiva.Os dois presidentes estiveram hoje em Genebra para participar da Cúpula Mundial do Emprego que aconteceu hoje, juntamente com a Conferência Internacional do Trabalho.Os líderes almoçaram juntos e, segundo Lula, debateram essencialmente sobre a crise e como sair dela.Em relação aos paraísos fiscais, o presidente brasileiro foi vago, embora tenha dito ser um tema prioritário."O tema dos paraísos fiscais não é simples, é preciso ter claro primeiro o que é e o que não é um paraíso fiscal, separar bem o que é ter dinheiro para especular ou deixá-lo no banco para poder fazer investimentos produtivos. O assunto dos paraísos fiscais é difícil, mas não impossível", afirmou.Lula enfatizou a necessidade de buscar formas de ajudar os países pobres a sairem da crise e assegurar que há linhas de financiamento específicas para eles."Não podemos esquecer dos países mais pobres, que estão sofrendo numa crise que não criaram e que pode afetá-los de forma muito grave, porque eles não contam com sistemas de bem-estar social como os ricos".Lula não afirmou que o Brasil e a França "têm uma grande sintonia, mostrada na Cúpula do G20 e em outros fóruns internacionais, assim como no Conselho de Segurança das Nações Unidas".As intenções do Brasil no Conselho de Segurança da ONU será um dos temas debatidos na Cúpula do Bric (Brasil, Rússia, Índia e China), que será realizada amanhã na cidade russa de Yekaterimburgo."Precisamos de um Conselho de Segurança do século XXI", disse, embora tenha declarado que a reunião será predominantemente econômica.
"Falaremos da reforma da ONU, mas também da Rodada de Doha (de liberalização do comércio mundial), da crise econômica mundial, e das moedas de referência, entre outros temas", afirmou.Sobre o avião da Air France que caiu no meio do Oceano Atlântico quando cobria a rota Rio de Janeiro-Paris, Lula declarou que Sarkozy tinha agradecido todo o esforço realizado por seu país na busca e recuperação dos corpos."Sarkozy me agradeceu e reafirmou que a França não vai parar as buscas até encontrar as caixas-pretas para entender realmente que aconteceu", afirmou."Eu asseguro que a Marinha brasileira vai ficar no lugar até que realmente não haja mais nada a ser feito", completou.
Lula recebeu hoje o prêmio "World Telecommunications and Information Society Award", concedido pela União Internacional de Telecomunicações pelas medidas que seu Governo adotou para combater a pedofilia pela internet.
segunda-feira, 8 de junho de 2009
Pão de Açúcar compra Ponto Frio por R$ 824,5 milhões
SÃO PAULO - O grupo Pão de Açúcar anunciou nesta segunda-feira a compra da rede de varejo de eletrônicos e eletrodomésticos Ponto Frio. O valor da aquisição da participação dos controladores do Ponto Frio é de R$ 824,5 milhões, "equivalente a 70,24% do capital total, parte desse valor pago com ações do grupo Pão de Açúcar", informou a rede de varejo.
Segundo o Grupo, o objetivo da aquisição é crescer no segmento de eletroeletrônicos. Com a compra, o Grupo Pão de Açúcar torna-se líder no varejo brasileiro, com cerca de R$ 26 bilhões de faturamento. A aquisição já era esperada para este fim de semana.No comunicado à imprensa, o Pão de Açúcar destaca como principais ganhos resultantes da operação "a grande capilaridade de lojas com localização privilegiada, expertise no comércio eletrônico e na oferta de serviços financeiros ao consumidor, integração logística, entre outros".
Em documento distribuído nesta segunda-feira o grupo destaca que, com a compra, passa a ter presença em quatro novos estados: Espírito Santo, Mato Grosso, Santa Catarina e Rio Grande do Sul."Com uma sólida estrutura de capital que assegura o crescimento futuro do negócio, o Grupo Pão de Açúcar consolida sua atuação no comércio de eletroeletrônicos, unindo as atividades operacionais e comerciais das duas grandes empresas. Essa consolidação trará sinergias e ganhos de escala que beneficiarão nossos clientes", diz na nota o presidente do Conselho de Administração do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz.
No mês de março, o Ponto Frio, que é controlado por Lily Safra, viúva do banqueiro Edmond Safra, teve confirmado o processo de venda. Além do Grupo Pão de Açúcar, Magazine Luiza, Lojas Americanas e um consórcio formado pela rede nordestina Insinuante e pela BTG demonstraram interesse no Ponto Frio.
sexta-feira, 5 de junho de 2009
Investigação sobre queda do voo 447 não exclui terrorismo, diz ministro francês.
"Não há nenhum elemento ou pista que nos permita corroborar isto [a hipótese de ato terrorista], mas a investigação em andamento nunca excluiu isso", disse.
A aeronave que fazia o voo 447 desapareceu no oceano Atlântico na noite do último domingo (31), quando seguia do Rio para Paris com 228 pessoas a bordo --12 tripulantes e 216 passageiros de 32 países, entre eles 58 brasileiros, de acordo com a companhia área.
Nesta sexta, a chuva e a baixa visibilidade prejudicam as buscas no oceano, informou em Recife (PE) o brigadeiro Ramon Borges Cardoso, diretor do Decea (diretor do Departamento de Controle do Espaço Aéreo).
Nesta semana, aeronaves militares identificaram destroços nas águas, que ainda não foram removidos. Ontem, peças que seriam do avião foram retiradas do oceano, mas, segundo Cardoso, não são do avião que fazia o voo 447. Uma mancha de óleo avistada no local também não foi relacionada com o acidente.
Os destroços que forem retirados da água serão levados para Fernando de Noronha. As investigações sobre o acidente ficam sob responsabilidade da França.
Os motivos da queda do Airbus ainda permanecem obscuros, inclusive para o órgão francês responsável pela investigação do acidente. O BEA (escritório de pesquisas e análises, na sigla em francês) afirmou nesta quinta-feira que as mensagens automáticas enviadas pela aeronave só ajudam a esclarecer duas coisas: que o avião passou por uma turbulência e uma tempestade.
Há certeza também de que o avião sofreu despressurização e uma pane elétrica, porque a aeronave enviou alerta automático do tipo durante o voo.
ALARME FALSO!
Em uma entrevista à rádio francesa RTL, o secretário francês de Transportes, Dominique Bussereau, disse que a revelação é uma "má notícia".
Mas ele rejeitou a sugestão de que as autoridades brasileiras tenham se apressado ao relacionar a peça à aeronave.
"Os brasileiros estão aportando uma ajuda de grande valor. Não é o caso de criticar aquelas e aqueles que estão conosco irmanados na dor", disse o secretário, reagindo à sugestão do entrevistador de que as autoridades brasileiras teriam sido "levianas".
As autoridades brasileiras informaram que uma peça de madeira de 1,2 m retirada do mar na quinta-feira na verdade não pertencia ao Airbus. A Aeronáutica descartou essa possibilidade porque a aeronave não continha esse material.
Para Bussereau, a prioridade das buscas deve ser encontrar as caixas pretas, ou seja, os registros de dados.
"O tempo está contra nós. Precisamos fazer de tudo para recuperar os registros de voo e portanto ampliar a zona para dar prosseguimento às buscas."
Em um comunicado à imprensa, o Centro de Investigações e Análises (BEA, na sigla em francês) afirmou que é possível estabelecer, "a partir da avaliação das mensagens automáticas transmitidas pelo avião, uma incoerência das diferentes velocidades medidas".
A aeronave possui diferentes aparelhos para mensurar a velocidade, e os investigadores disseram que havia "uma incoerência entre essas velocidades".
Ainda segundo o comunicado, a investigação permite confirmar que o avião voava em uma zona de forte tempestade no momento em que teria ocorrido o acidente.
A nota diz que "esses são os únicos elementos estabelecidos" e pede que se evitem "todas as interpretações apressada ou especulação".
Nos últimos dias, as autoridades francesas têm pedido "cautela" na divulgação de informações sobre o acidente.
"As autoridades francesas dizem há vários dias que é preciso ser de uma extrema prudência (nas investigações)", ressaltou o secretário de Transportes francês Bussereau nesta sexta-feira.
Na quinta-feira, o diretor do BEA, Paul-Louis Arslanian, afirmou que "qualquer pista sobre o desaparecimento do avião no Oceano Atlântico é "prematura".
"Há um exagero de informações, em todas as direções, que são mais ou menos verdadeiras, mais ou menos validadas com extrapolações e tentativas de explicações", afirmou.
terça-feira, 2 de junho de 2009
AIRFRANCE! VOO AF-447
Um avião da companhia Air France desapareceu quando fazia a rota entre o Rio de Janeiro e Paris. O voo AF 447 decolou na noite de domingo (31) do aeroporto Tom Jobim, no Rio, e deveria pousar no aeroporto Charles de Gaulle, em Paris, por volta das 11h local (6h de Brasília) de segunda.
Em nota, a empresa afirma que a aeronave "cruzou uma zona com forte turbulência" por volta das 23h (horário de Brasília) e enviou alerta automático sobre problemas no circuito elétrico às 23h14.
A Aeronáutica informou na manhã desta terça que, durante as buscas ao Airbus, foram localizados poltrona, boia de cor laranja, tambor, querosene e óleo.
Se não os encontrarem, onde estarão? Nas profundezas abissais ou perdidos em uma ilha nomeada LOST?
Parabéns aos países que estão empenhados na busca por sobreviventes.
terça-feira, 26 de maio de 2009
Coreia do Norte lança mais dois mísseis; EUA rejeitam intimidação
O lançamento veio um dia depois de ter realizado seu segundo teste nuclear em três anos e de ter supostamente lançado outros três mísseis. A informação não foi confirmada oficialmente nem pelo governo de Seul nem pelo regime de Pyongyang.
"Se eles querem continuar com o teste e provocar a comunidade internacional, eles vão descobrir que pagarão preço, porque a comunidade internacional é muito clara: isso não é aceitável, isso não será tolerado, e eles não serão intimidados", disse Rice ao programa da CNN, American Morning.
"Nós estamos unidos, a Coreia do Norte está isolada e a pressão na Coreia do Norte vai aumentar", disse Rice.
O Conselho de Segurança --cujos cinco países-membros com direito a veto são Estados Unidos, China, Rússia, Reino Unido e França-- fez uma reunião de emergência nesta segunda-feira, em Nova York (EUA), na qual afirmou que o teste nuclear norte-coreano foi uma "clara violação" da resolução número 1.718, aprovada em 2006, que proibia aquele país de "conduzir qualquer teste nuclear ou de míssil balístico".
Depois de declarar a condenação oficial ao teste nuclear, o Conselho trabalha em uma nova resolução --"uma resolução forte com dentes", descreveu Rice. "Estes dentes podem ter várias formas diferentes, eles são sanções econômicas, eles são outras medidas que nós podemos adotar", disse Rice, sem afirmar quais seriam as outras medidas.
China
Em uma série de entrevistas matinais nos EUA, Rice afirmou ainda que a condenação da China, principal aliada da Coreia do Norte, ao teste nuclear pode indicar que a comunidade internacional terá uma carta diplomática mais forte contra Pyongyang.
"China tem um interesse no que diz respeito à Coreia do Norte. Elas dividem uma fronteira. Elas querem ver a Coreia do Norte estável. Nisso, nós estamos em total acordo", disse.
Rice destacou ainda que a administração do presidente americano Barack Obama está satisfeita com o apoio inicial à condenação ao teste e aos mísseis, não apenas da China, mas também da Rússia e outras nações.
"A China teve um papel construtivo", disse Rice. "Nós e nossos parceiros precisamos concordar em um pacote [de sanções] que mudará seu trajeto. Nós deixaremos a porta aberta para a diplomacia. Nós estamos preparados para ampliar nossos esforços para interceptar carga proibida da Coreia do Norte, mas, obviamente, nós não excluímos nenhuma opção", disse.
Acusação
Nesta terça-feira, Coreia do Norte culpou os EUA pela tensão crescente na Ásia. Em um editorial no principal jornal oficial do país, "Rodong Sinmun", o governo afirma que os EUA são "guerrilheiros" e afirmou que eles querem atacar o país. O argumento utilizado nesta segunda-feira para justificar o segundo teste nuclear realizado desde 2006 era de melhorar a capacidade de defesa do país.
O editorial da publicação diz ainda que a Coreia do Norte não espera nenhum tipo de mudança positiva sob a administração do presidente Obama.
O regime ditatorial de Kim Jong-il disse nesta terça-feira que os EUA sob a administração Obama continuam sendo um país "hostil" e que o Exército e o povo coreano "estão preparados para a batalha".
Analistas apontam que o anúncio de Pyongyang de que realizou "com sucesso" um novo teste nuclear é um sinal de sua desilusão com uma nova abertura de diálogo e a possível queda de sanções com o governo do democrata americano.
Segundo analistas consultados pelo jornal "Los Angeles Times" nesta segunda-feira, o ditador norte-coreano, Kim Jong-il, pode realizar ainda mais testes nucleares como uma forma de provocar os EUA e trazer o país à mesa de negociações sobre as atuais sanções econômicas impostas a Pyongyang.
"No ano passado, muitas pessoas de Seul e Washington visitaram Pyongyang, dizendo a Kim e seu povo que, assim que Obama chegasse à Casa Branca, os EUA agiriam de maneira totalmente diferente com o regime", disse Lee Dong-bok, especialista do Centro de Estudos Internacionais e Estratégicos em Seul.
"Mas não está funcionando desta forma. Esta é a razão pela qual a Coreia do Norte está agindo de maneira tão errática", completou.
Mísseis
Um oficial da Coreia do Sul que não quis se identificar afirmou à agência de notícias sul-coreana Yonhap que a Coreia do Norte manteve nesta terça-feira a provocação e disparou dois mísseis de curto alcance um dia depois de ter realizado seu segundo teste nuclear e de ter supostamente lançado outros três mísseis.
A informação não foi confirmada oficialmente nem pelo governo de Seul nem pelo regime de Pyongyang. O oficial não informou onde ocorreram os disparos.
Mais cedo, uma outra fonte da defesa sul-coreana, ainda de acordo com a Yonhap, disse que a Coreia do Norte ordenou que navios deixassem a costa noroeste da península, o que indica que lançamentos poderiam ocorrer. As águas da costa nordeste já estavam bloqueadas.
quarta-feira, 20 de maio de 2009
Adoções Internacionais e um Mundo Real
Main Source: The New York Times (20 de maio de 2009 - Global Edition)
Exército anuncia morte de líder tâmil e fim da guerra de 26 anos no Sri Lanka
"Tropas heroicas libertaram toda a área dos Tigres Tâmeis em uma batalha final que matou mais de 250 rebeldes", disse o oficial durante um comunicado urgente exibido na emissora durante a tarde desta segunda (horário local).
Segundo o comunicado, Prabhakaran foi morto junto com dois de seus principais comandantes militares enquanto tentava fugir da zona de guerra em uma van que era seguida por um ônibus em que viajavam rebeldes. O Exército teria lançado mísseis contra os veículos.
As forças armadas disseram ter identificado o corpo de Prabhakaran entre os mortos e o presidente do país, Mahinda Rajapaksa, deve fazer um pronunciamento nas próximas horas.
"Podemos anunciar de maneira muito responsável que liberamos todo o país do terrorismo", anunciou o comandante do Exército do país, Sareth Fonseka.
"Todas as operações militares chegaram ao fim com a captura do último reduto rebelde", completou Fonseka.
Horas antes, durante o que as forças cingalesas chamaram de "a batalha final" de uma guerra que já matou mais de 65 mil pessoas em 26 anos, as forças cingalesas afirmar ter encontrado os corpos de vários rebeldes --entre eles o filho mais velho de Prabhakaran. Segundo o Exército, alguns deles cometeram suicídio ao constatarem que estavam encurralados.
Os Tigres Tâmeis haviam anunciado que decidiram "silenciar suas armas" após o Exército ter cercado o último reduto da guerrilha, mas o Exército afirmou que continuaria combatendo até matar todos os rebeldes.
Os Tigres Tâmeis lutam para criar um território independente para a minoria étnica tâmil, que sofreu discriminação nos sucessivos governos da maioria cingalesa. No passado, os rebeldes chegaram a controlar uma parte do norte e do leste do Sri Lanka e a formar forças próprias, uma significativa frota naval e uma ínfima frota aérea. Em janeiro deste ano, o governo do Sri Lanka decidiu iniciar a sua "ofensiva final" contra a guerrilha.
Desde então, os rebeldes perderam terreno. Nos últimos meses, ficaram confinados a uma faixa estreita de floresta e de praia na Província Oriental, que ficou anos sob controle efetivo dos rebeldes. Nesta zona de guerra estão, além dos rebeldes, entre 30 mil e 80 mil civis, estima a ONU (Organização das Nações Unidas).
Desde janeiro, conforme a ONU, cerca de 6.500 civis foram mortos na zona de guerra. Na quinta-feira passada (14), a Cruz Vermelha afirmou que o Sri Lanka passa por uma "catástrofe humanitária imaginável" e que a população "estava abandonada à própria sorte."
segunda-feira, 11 de maio de 2009
ONU denuncia morte de cem crianças em guerra no Sri Lanka
A ONU (Organização das Nações Unidas) denunciou nesta segunda-feira a morte de mais de cem crianças nos confrontos deste fim de semana entre a guerrilha separatista tâmil e o Exército do Sri Lanka no último reduto rebelde, ao norte da ilha, onde se refugiam milhares de civis. A organização afirmou que os confrontos se transformaram no "banho de sangue" que havia previsto, enquanto rebeldes e tropas cingalesas trocam acusações pela morte de centenas de civis.
"Nós temos alertado insistentemente contra um banho de sangue e a morte de civis em larga escala, incluindo mais de cem crianças neste fim de semana, parece mostrar que o banho de sangue se tornou uma realidade", disse o porta-voz da ONU, Gordon Weiss.
Segundo um médico do governo, o número de civis mortos pelo conflito é de ao menos 430 somente neste fim de semana e pode chegar a mil. Já os rebeldes dos Tigres de Libertação da Pátria Tâmil (LTTE) afirmam que mais de 3.200 civis morreram desde o domingo à tarde, em ataques do Exército que classificaram de "genocídio".
Dados da ONU indicam que no último mês cerca de 6.500 civis foram mortos como consequência da renovação dos esforços do governo na guerra.
A área de confronto, no norte do Sri Lanka, é vetada a jornalistas e por isso não há confirmação independente do número de mortos. Há meses, tropas cingalesas e os rebeldes trocam acusações de que o rival matou civis e lançou ataques a hospitais e abrigos.
Com o número cada vez maior de vítimas da guerra civil, uma coalizão de grupos internacionais de direitos humanos pediu que o Conselho de Segurança da ONU realize reunião urgente sobre o confronto.
O site Tamilnet, filiado aos rebeldes, acusa as tropas do governo de desrespeitarem a área destinada ao refúgio de civis e onde o conflito é proibido. Já os soldados acusam os tâmeis de matar civis e responsabilizar o Exército para ganhar a simpatia da imprensa e da comunidade internacional em possível acordo de paz.
Ataques
Neste domingo, ataques de artilharia deixaram centenas de mortos e feriu mais de mil pessoas, de acordo com um médico nas áreas controladas pelos tâmeis.
O ataque deste domingo foi o mais sangrento contra civis da etnia tâmil desde que a guerra se intensificou novamente, há mais de três anos. Fontes médicas na zona do conflito informaram que os hospitais estão superlotados e que o número de mortos deve aumentar.
Segundo o médico V. Shanmugarajah, que trabalha em um hospital dentro da zona de guerra, 393 corpos foram trazidos ao hospital ou morreram no local. Outros 37 corpos foram trazidos nesta segunda-feira.
Mais de 1.300 feridos também vieram ao hospital para receber tratamento.
Contudo, Shanmugarajah afirma que o número de mortos pode chegar a mil já muitas das vítimas foram enterradas em bunkers onde se refugiavam dos confrontos e muitos dos feridos não conseguiram chegar ao hospital a tempo.
"Há muitos que morreram sem atenção médica", disse. "Vendo o número de feridos e pelo que as pessoas me dizem, eu estimo o número de mortos em cerca de mil."
Voluntários cavaram covas no terreno próximo ao hospital onde enterram de 50 a 60 corpos por vez, afirmou o médico. Uma das enfermeiras do hospital também foi morta, junto à sua família, em uma trincheira que foi preenchida com terra e transformada em sua cova, relata o médico.
A ONG Human Rights Watch acusou neste sábado (9) os militares de repetidamente atingirem hospitais na zona de guerra e de realizarem ataques aéreos que mataram milhares de pessoas. A ONG também pediu que os comandantes envolvidos em tais ações sejam processados por crimes de guerra.
Nos últimos meses, as forças do governo empurraram os rebeldes para uma pequena porção do território. O governo ignorou pedidos de cessar-fogo devido a questões humanitárias com o argumento de que qualquer pausa dará aos rebeldes a oportunidade de se reagruparem.
Tensão étnica
A tensão que explodiu nos últimos meses entre a maioria cingalesa do Sri Lanka e a minoria tâmil se manifestou de forma clara após a independência do país, em 1948, do domínio britânico. Os Tigres Tâmeis surgiram em 1976, para lutar pela criação de um Estado independente no norte do país, alegando defender o direito das minorias tâmeis diante da opressão de sucessivos governos da maioria cingalesa.
O grupo é acusado pela polícia de ter matado líderes políticos e militares, e utilizou frequentemente homens-bomba durante suas ações.
A guerra aberta entre o grupo e o governo explodiu em 1983 e matou dezenas de milhares de pessoas em duas décadas. Os dois lados assinaram um acordo de cessar-fogo, em fevereiro de 2002, mas a violência intensificou-se em 2006, e o governo recuperou o controle da Província Oriental, em 2007. Em janeiro de 2008, o governo suspendeu oficialmente o cessar-fogo. Segundo o governo, o objetivo é acabar com o grupo rebelde e encerrar a guerra civil no Sri Lanka.
Segundo dados do Censo de 2001, naquele ano havia 1,8 milhão de tâmeis no Sri Lanka, 8,5% dos 21 milhões de habitantes do país.